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Foto do escritorPaulo Saad

Veja como o aumento da Selic para 12,75% impacta os investimentos no país

Renda Fixa continua sendo atrativa, mas especialista aponta que investir em Renda Variável pode trazer boas surpresas


Como já esperado pelo mercado financeiro, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 1 ponto percentual, na terceira reunião do ano. O índice passa de 11,75% para 12,75% ao ano e alcança o seu nível mais alto desde fevereiro de 2017. Com esse cenário, como ficam os investimentos e quais as análises que precisam ser feitas antes de escolher um ativo?

O Banco Central sinalizou que pretende aumentar a taxa básica em 0,5%, elevando para 13,25% ou mais. Sendo assim, prefixar taxas acima dos 12,75 ou 13% pode ser uma boa alternativa para investir em Renda Fixa, porém há fatores externos como a inflação em todo o mundo e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que complicam o cenário econômico global.


“Investir em Renda Fixa, com taxas pós-fixadas com taxas acima de 110% do CDI, garantem boa rentabilidade e defesa caso o cenário de alta continue”, disse Paulo Saad, sócio da WFlow, empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada à XP.



Com os juros mais altos, a rentabilidade oferecida por títulos de Renda Fixa privados e públicos como os do Tesouro Direto e CDBs (Certificado de Depósito Bancário) é maior. Debêntures (títulos emitidos por empresas para financiar seus projetos e operações), LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) continuam sendo boas opções.


Mas e o investimento em Renda Variável?


“Entendo que Renda Fixa e Variável são formas distintas de aportes, a alta nas taxas de juros levam muitos investidores a sair da volatilidade da Variável e ir para a Fixa, no entanto se a Selic sobe é porque a inflação está alta e se a descontarmos do ganho da Renda Fixa, teremos o ganho real, que pode não ser tão expressivo quanto a taxa contratada”, disse.


Saad ainda explicou que esse movimento de saída para a Fixa e os reflexos sobre o que acontece no mundo, como a guerra no leste europeu e a inflação, marcam os preços e algumas empresas ficam muito descontadas. “Com isso, vários papéis que estão descontados, a qualquer boa notícia no mercado podem ser corrigidos e trazer ganhos expressivos no curto prazo. É por isso que investir em Renda Variável é para o dinheiro de longo prazo. Uma estratégia interessante é comprar quando estão baratos, pois com o tempo a possibiliade de ajuste é sempre grande”, afirmou.


A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 14 e 15 de junho.

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